MARFIM MOÇAMBICANO APREENDIDO NO VIETNAME
Maputo, 07 Out (AIM) As autoridades do Vietname apreenderam cerca de meia tonelada de marfim escondida num carregamento de madeira ido de Moçambique, na cidade portuária de Ho Chi Minh, segundo informações avançadas hoje por fontes oficiais.
Apesar de o comércio de marfim estar banido no Vietname, naquele país asiático continua a ter um grande valor no mercado, onde é localmente apreciado para a produção de artigos decorativos e fins medicinais.
O produto contrabandeado, escondido em dois contentores de madeira, foi apreendido na cidade que tem a fama de ser corredor de pontas de marfim traficadas de África que são destinadas para várias partes da Ásia.
Segundo o agente alfandegário, Vo Thanh Hung, as autoridades iniciaram um processo de testagem dos 500 quilogramas com vista a recolher mais detalhes do material apreendido.
A recente apreensão segue a uma outra descoberta de 300 quilogramas feita na semana passada no aeroporto de Hanoi, onde os agentes de serviço encontraram marfim traficado da Nigéria disfarçado e tratado como vidro.
O Vietname ilegalizou o comércio de marfim em 1922, mas os estabelecimentos comerciais continuam a vender produtos de marfim produzidos mesmo antes do banimento e a forma como é aplicada a lei propicia a persistência do comércio ilegal.
A pesquisa feita durante duas semanas, no ano transacto, pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES) constatou que existem 16 mil artigos feitos de marfim nas lojas de Hanoi.
No entanto, o grupo de conservação Save Vietnams Wildlife disse sexta-feira ter recuperado 51 pangolins na rota do contrabando, dos quais três já mortos, da polícia na província Thai Binh no porte do país.
Os animais isolados, chamados mamíferos secretos, constituem a espécie mais traficada no Vietnam e outras partes do sudeste asiático pela sua carne e as escamas usadas na medicina tradicional.
O Vietnam acolhe, entre os dias 17 e 18 de Novembro, a conferência internacional sobre o comércio ilegal da fauna bravia, que contará com a presença do Príncipe William do Reino Unidos que, bastas vezes, denunciou o contrabando da fauna bravia.
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